Pinhais é um dos municípios mais progressistas da região Metropolitana de Curitiba. Destaca-se no cenário nacional e estadual por ter sido relacionada como uma das 100 melhores cidades brasileiras para se fazer negócios, consolidando-se como importante polo de serviços e comércio. Pinhais mantêm a atratividade e o charme de sua história por meio da preservação da natureza, pelas mãos de seus artesãos, pelas manifestações artísticas e culturais, por seus negócios, suas cervejarias artesanais, gastronomia e lazer.

Destaca-se ainda por possuir o 14º Índice de Desenvolvimento Humano do Paraná e ocupar a posição de número 38 no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) – dos 399 municípios do Estado. Esse índice mede a qualidade de vida dos municípios brasileiros. Pinhais abriga o Parque da Ciência Newton Freire Maia, com inúmeros pavilhões e o Expotrade Convention Center – um dos maiores Centros de Convenções e Exposições do Brasil. Possui grandes condomínios horizontais, dentre os quais se destacam o Complexo Pineville, o Alphaville Pinheiros e o Alphaville Graciosa, todos com exuberante beleza e arquitetura.

Na Exposição Assim é Pinhais iremos ainda apresentar, em imagens e palavras, a belíssima Estrada Ecológica de Pinhais, com vista privilegiada para a Represa do Rio Iraí. Grande parte da Área de Preservação Ambiental do Rio Iraí encontra-se em Pinhais, sendo o município, inclusive, responsável por parte do abastecimento de água para a Região Metropolitana de Curitiba.

Temos certeza absoluta que Assim é Pinhais, bem como o Catálogo que a acompanha, irão fortalecer na população de Pinhais o orgulho de suas origens, tão ricas quanto à generosa natureza deste que é o menor município – em território – do Estado do Paraná.

Uma cidade não surge como mágica, mas ao contrário, há um processo de construção e desenvolvimento, onde muitos aspectos sociais, culturais e econômicos estão envolvidos nesse movimento, que é o surgimento de um município. Há muitas formas de mostrar o crescimento e a evolução de um lugar, de um povo, com todas as suas nuances, e uma das formas mais incríveis é pela fotografia, que também passa por muitos formatos, conceitos e tecnologias, igualmente frutos de processos históricos ao longo do tempo.

Sépia, granulado, preto e branco, hoje podem ser apenas filtros ou técnicas, mas também são o retrato de seu tempo, assim como os fatos históricos, e são dessa forma que aqui as fotos históricas são tratadas. “ASSIM É PINHAIS” é uma exposição de lindas fotografias artísticas, que revelam detalhes e olhares talvez nunca explorados, por isso mesmo é muito importante que uma exposição de arte se preocupe com a História. Quando o histórico e o artístico se unem, juntos, tem o potencial de trazer à tona sensações, pensamentos e até ações, que fazem parte da memória afetiva, individual ou coletiva, bem como da construção da identidade cultural.

Representatividade das Fotografias

A exposição de fotos históricas foi dividida em duas partes, que claramente se complementam. Na primeira parte o visitante será defrontado com imagens que remetem a vários momentos e lugares da história de Pinhais, principalmente momentos constitutivos da formação sociocultural da população e do povoamento da região, como a Estação Ferroviária e a igreja Nossa Senhora da Boa Esperança; outras podem trazer uma afetividade diferente, como o Shopping Center Pinhais e a neve caindo no Hospital Sanatório.

Já na segunda parte, temos uma visão mais institucional e paisagística de Pinhais, com algumas fotos aéreas e de paisagens marcantes como o cruzamento entre a Rodovia João Leopoldo Jacomel e Camilo di Lellis/Jacob Macanhan, na década de 70; ou da vista aérea de 1972 do Maria Antonieta ainda pouco habitado. Vale destacar, e muito, as corredeiras do Rio Iraí, fotografadas em 97, mas presentes na memória de muitos pinhaienses; e ainda alguns prédios públicos retratados na década de 90, símbolos de mudanças nas rotinas dos cidadãos e desenvolvimento na cidade.

Quando falamos em construção de memórias coletivas, identidade e representação cultural, a soma dessas partes formam uma unidade, mas quando a questão são memórias individuais e grau de importância a cada imagem, estão presentes as  variações nos detalhes e narrativas.

Recortes da pequena e bela cidade de Pinhais, a menor cidade em extensão territorial dos 399 municípios do Estado do Paraná, mas, gigante em suas belezas. Situada na Região Metropolitana de Curitiba, Pinhais está bem próxima da Capital e mantém sua graça de cidade pequena e interiorana. Esse encantamento chamou a atenção do fotógrafo Carlos Renato Fernandes que com seu olhar, nos convida a desfrutar não somente as belezas naturais, mas também a paisagem urbana deste jovem município de 29 anos que está em constante transformação, sendo importante essa parada para registro e para a apreciação do que se tinha da antiga Pinhais até a atual. A exposição traz também um contraste remetendo à memória afetiva, individual e coletiva, bem como a pesquisa e seleção fotos históricas pelo historiador Anderson Hoch Martins.

Com esse intuito de registrar a cidade em suas mais variadas paisagens, surgiu a exposição “Assim é Pinhais”, projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura – PROFICE, da Secretara de Estado de Comunicação Social e da  Cultura, do Governo do Estado do Paraná, e realizado  com o incentivo da empresa Copel.

Por ser morador da cidade fiquei muito contente pelo convite para a curadoria por ter o prazer de olhar minha própria cidade por outros olhos. Pinhais vem num acelerado ritmo de transformação e se faz necessária essa coletânea de Carlos Renato, registrando  momentos, transmitindo sentimentos. Devido a Pandemia do Covid 19 tivemos que mudar o ambiente da exposição que passa a ser virtual, experiência essa que considero incrível, pelo fato de abranger um número maior de visitantes, levando Pinhais para o mundo.

Durante a seleção e organização das imagens, conseguia sentir os detalhes do seu olhar maduro de fotógrafo. As variações de luz, os ângulos observados, a poética de cada elemento sendo imortalizado, desconsiderando toda efemeridade do incerto porvir.

Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração. Palavras do fotógrafo francês Henri Cartier Bresson e parafraseando suas palavras posso dizer que Carlos Renato Fernandes assim o fez ao olhar Pinhais e convido a todos e todas para o deleite das imagens da exposição “ Assim é Pinhais”.